Entrevista com o Mister

Luís Valente, num rescaldo da época!

Mister, começamos a época em grande, com 4 vitórias e 1 empate nos primeiros 5 jogos, o que veio trazer ainda mais confiança a este grupo. Começar bem seria importante, numa divisão tão equilibrada?

Claro que sim é sempre importante começar a ganhar, porque como perguntou e bem numa divisão tão equilibrada fazer o maior numero de pontos o mais rapidamente possível é sinónimo de confiança e estabilidade e meter em prática o mais rapidamente possível a qualidade futebolística que este grupo tem.

Depois infelizmente perdemos por lesão dois jogadores importantes, o Paulo Santos e o Rui Benavente. Sentiu-se que a equipa abanou um pouco com essas ausências?

É obvio que qualquer jogador é importante para uma equipa e qualquer um destes jogadores até ao momento da lesão vinham a fazer um excelente Campeonato o Paulo Santos pela sua experiência e confiança que transmite á equipa o Rui pela sua juventude e velocidade que ajudava a equipa em termos ofensivos, é normal que com as lesões a equipa técnica fosse obrigada a fazer alterações mas que na minha opinião não veio abanar a equipa porque no principio da época tivemos a preocupação de ter um plantel bastante equilibrado para que se houvesse situações destas estarmos preparados para elas.


Aos poucos, a equipa começou de novo a jogar bem, a obter bons resultados. Sentiu que a equipa podia ir mais além que o meio da tabela?

Nós equipa técnica que trabalhamos com os jogadores durante a semana acreditamos sempre que podemos fazer mais, porque conhecemos perfeitamente o valor da equipa que tínhamos e sentíamos que poderíamos ir sempre mais além.

Como justifica os abandonos de alguns atletas do plantel?

Abandonos??? Tivemos um abandono por motivos desconhecidos que foi o caso do João Guerreiro e depois na parte final o abandono do Guilherme mas por motivos de trabalho e teve que se ausentar para o Estrangeiro, mas penso que nenhum deles foi por descontentamento com a equipa técnica. Acho normal em qualquer equipa haver um ou dois abandonos.

Com uma segunda volta de altos e baixos, a taça era um factor motivante para os seus atletas. Nessa prova chega às meias-finais, o que nunca tinha acontecido neste clube. Mas infelizmente o sonho de chegar à final ficou pelo caminho?

Esse penso que foi de facto o momento da nossa época, por um lado por termos chegado ás meias-finais da taça que foi bastante positivo devido á Torre nunca ter chegado a umas meias-finais e por ninguém acreditar que nós poderíamos lá chegar, por outro a sensação de frustração de acreditarmos (grupo) em chegar á final e não nos deixarem.

O campeonato chega ao fim, com a nossa equipa num 8º lugar. Pensa que poderíamos ter ido mais longe?

Penso que todos os que fizemos parte deste Grupo extraordinário sentimos no fim que poderíamos ter chegado bastante mais longe, traçamos desde inicio os nossos objectivos, esses mesmos objectivos foram alcançados mas depois do campeonato passar ficamos com “um gostinho amargo na boca” porque demonstramos que temos equipa para mais.

Este grupo é muito forte e coeso, prova disso foi que no último treino renovaram todos os jogadores. Esse mérito também vai para a equipa técnica pela sua forma de liderar?

Foi com grande satisfação e alegria que vi este grupo chegar ao último treino e assinarem todos os jogadores porque com os anos que tenho de Futebol posso garantir que isto não acontece em muitas equipas e esta atitude dos jogadores teve de facto um papel bastante importante na continuidade da equipa técnica porque seria uma pena ver este grupo partir-se. Em relação ao mérito todos o tivemos Jogadores, Equipa técnica e Direcção todos tivemos a nossa cota parte.


E para o ano? Quais os objectivos da torre?

Trabalhar com a mesma humildade e companheirismo no sentido de fazer mais e melhor que o ano que passou.

E no que diz respeito a reforços para a nova época?

Estamos a tratar do assunto.